Em sua segunda participação para o #NaVaranda, a crítica e professora Ana Avelar dá continuidade à discussão sobre curadoria ativista. A conversa tem base no livro Curatorial Activism: Towards an Ethics of Curating (2018) de Maura Reilly.
A curadoria ativista ou o ativismo cultural se preocupa em desestabilizar o cânone artístico para realizar inclusões, revisões e apresentar novas perspectivas do cenário artístico. Os primeiros indícios da prática são evidenciados nas exposições When Attitudes Become Form, em 1969 e Magiciens de la Terre, em 1989. Entretanto, o termo só foi popularizado por volta dos anos 2000 pela curadora e acadêmica estadunidense Maura Reilly.
Na publicação Curatorial Activism: Towards an Ethics of Curating (2018), a autora propõe uma sistematização de curadorias ativistas, resumindo algumas perspectivas e estratégias para estabelecer e garantir um sistema menos desigual. São elas: o Revisionismo curatorial, os Estudos de área e as Propostas Polifônicas.
A primeira vai de encontro à revisão da história da arte através da inclusão de outros personagens fora do modelo branco, dito ocidental e heteronormativo. Os Estudos de área são a criação de novos cânones e de um sistema alternativo. E a última estratégia propõe estabelecer um conjunto diverso, múltiplo de vozes com tradições, perspectivas e realidades distintas.
Para o #NaVaranda, a professora Ana Avelar analisa estas diretrizes, apontando seus pontos positivos e negativos, e convidando o público a refletir sobre a atual conjuntura curatorial e as suas perspectivas. Confira!
Sobre Ana Avelar
Ana Avelar é curadora e professora de Teoria, Crítica e História da Arte na Universidade de Brasília (UnB). Tem realizado exposições no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP), no Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte (CCBB-BH) e na Casa Niemeyer em Brasília.