As primeiras grandes intervenções humanas na natureza são artísticas. Algumas ainda subsistem, como as mastabas egípcias e as linhas de Nazca no Peru, e continuam gerando especulações sobre o sentido da vida e a experiência de mundo não somente entre povos que realizaram essas obras, mas entre nós que herdamos. Dos monumentos milenares às intervenções da land art, da representação da paisagem idealizada à invenção dos jardins, o curso teórico da Casa de Cultura do Parque aborda a natureza como matéria prima da arte. Obras produzidas em tempos e lugares diferentes, com propósitos distintos, são o ponto de partida para uma investigação estética e filosófica sobre as relações do ser humano com o todo de que é parte. As aulas são ministradas pela doutora em Filosofia pela USP Magnólia Costa.
Conteúdo programático
aula 1 – Geoglifos, monolitos e monumentos: Nazca, Stonehange, Saqqara e sambaquis
aula 2 – Arte mínima e terrestre: land art nos anos 1970
aula 3 – Performance e ações temporárias em espaços naturais: Ana Mendieta, Françoise Sullivan, Rodrigo Braga, Andy Goldsworthy
aula 4 – Pintura e paisagem: Nicolas Poussin
aula 5 – Paisagem e jardim: André le Nôtre
aula 6 – Arquitetura e paisagismo: Roberto Burle Marx, Philip Johnson
aula 7 – Jardins e alimentação: Louis Benech, Fallen Fruit, Stuurlui stedenbouw & Atelier GRAS
aula 8 – Ecomuseu: Centro de Arte y Naturaleza
Magnólia Costa é doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo, ensaísta, tradutora, crítica de arte, curadora e professora de História da Arte. Leciona no Museu de Arte Moderna de São Paulo desde 2001, onde coordenou o Setor de Pesquisa e Publicações (2008-10) e foi chefe de Relações Institucionais (2011-8). Ocupa o cargo de Chief Relationship Officer (CRO) no Instituto Humanitas360 desde 2019. Seu livro mais recente é Nicolas Poussin: Ideia da paisagem, a ser publicado pela Editora da Universidade de São Paulo.