No dia 19 de agosto, a partir das 16h, a Casa de Cultura do Parque apresenta a performance Desterro seguida da exibição do filme Labirinto, ambos criados pelo artista Filipe Barrocas. Essa é uma oportunidade única de vivenciar uma experiência cinematográfica e artística inovadora, que mergulha nas alucinações e nos labirintos da história do Brasil.
A performance Desterro é o segundo momento da pesquisa de Barrocas sobre o “mito fundador do Brasil”, baseado na visão de Marilena Chauí. Neste ato experimental, o artista utiliza a obra Os desterrados, do pintor Antônio Parreiras, como pano de fundo para criar uma montagem audiovisual ao vivo. As imagens são retiradas do próprio acervo do artista e, acompanhadas por uma trilha sonora executada por dois músicos convidados, transportam o público para um universo de alucinações e novas lentes do tempo.
Por meio da performance, Filipe Barrocas propõe-se a representar a visão de Parreiras ao adentrar a densa mata que ele retratou em suas pinturas. A performance nos leva a enxergar o Brasil “recém descoberto” sob uma perspectiva singular, explorando a imaginação e os mistérios desse período histórico de forma inusitada.
Após Desterro, será exibido o filme Labirinto, uma obra cinematográfica produzida de forma coletiva durante o isolamento social da pandemia. O filme é fruto da pesquisa atual de Barrocas e ambientado no século XVII, Labirinto tem como personagem principal Martim, o mesmo protagonista de Iracema, de José de Alencar. As imagens selecionadas do acervo do artista compõem uma narrativa visual envolvente, proporcionando uma imersão na história e nos mitos que permeiam o país.
A estreia de Labirinto na 26ª Mostra de Cinema de Tiradentes marcou um encontro emocionante para os criadores, já que toda a produção foi realizada de forma horizontal e à distância durante a pandemia. Essa experiência colaborativa enriquece ainda mais a obra, trazendo à tona a resiliência e a criatividade do artista e sua equipe diante dos desafios impostos pelo momento histórico.