A crônica chegou ao fim? Antigamente a crônica, com sua beleza e leveza, parecia dizer assobiando: “meu tempo é hoje”. Entretanto, os leitores e leitoras sabem que de lá pra cá – deste tempo de antigamente – o mundo mudou.
Com uma sutileza muitas vezes irônica, a crônica aguarda seu momento, escondida nos detalhes do cotidiano. Ela não busca ofuscar, apenas mostrar que também é parte da literatura. Longe de discursos eloquentes ou pretensões de informar, a crônica se encontra no jornal sem monopolizar as manchetes. Ela se deleita na liberdade, evitando a solenidade. Como nos tempos de Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos ou Vinicius, talvez a crônica simplesmente aspire sobreviver.
No sábado, dia 8 de junho, às 15h, venha para essa tão esperada conversa sobre crônica com os escritores (e cronistas) Humberto Werneck e Julián Fuks.
Humberto Werneck
é escritor e jornalista. Autor, entre outros livros, de O desatino da rapaziada, O santo sujo, Pequenos fantasmas e O pai dos burros – Dicionário de lugares- comuns e frases feitas. Cronista semanal de O Estado de S. Paulo durante dez anos, publicou, nesse gênero, O Espalhador de passarinhos, Esse Inferno vai acabar e Sonhos rebobinados. Organizou Bom dia para nascer, crônicas de Otto Lara Resende, a antologia Boa Companhia: Crônicas e Melhores crônicas de Ivan Angelo. Prepara uma biografia de Carlos Drummond de Andrade para a Companhia das Letras.
Julián Fuks
é escritor e crítico literário. É autor de A ocupação e A resistência, ganhador dos prêmios Jabuti, Oceanos, Saramago e Anna Seghers. É colunista do portal UOL, tendo publicado o livro de crônicas “Lembremos do futuro”, também finalista do Jabuti. Obras suas já foram traduzidas para onze línguas e publicadas em diversos países.