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Quem foi Georges Bataille?

Você sabe quem foi Georges Bataille? Em sua estreia para o #naVaranda, o pesquisador e professor Ruy Luduvice discorre sobre a vida pessoal e o legado literário e filosófico deixado por Bataille.

George Bataille foi um escritor e filósofo, nascido em 1897 em uma pequena cidade francesa. Durante a infância, vivenciou a 1ª Guerra Mundial, em Hems, e na maturidade presenciou a 2ª Guerra Mundial em uma Paris ocupada pela Alemanha nazista. Tais experiências o marcaram profundamente.

Posteriormente, na juventude, se aproxima do catolicismo, se torna devoto e considera se tornar padre. No entanto, quando mais velho, é admitido na École Nationale des Chartes, com formação em arquivística, se tornando arquivista especializado em documentos antigos e raros.

Mais tarde, é tomado por uma série inquietações de ordem sexual e erótica, que o levam a frequentar bordéis. Este conflito entre, a formação religiosa, as lembranças dolorosas da infância e as inquietações de ordem erótica são os disparadores do empreendimento intelectual que Bataille.

Diante desses conflitos, ele vai ter três encontros essenciais para a constituição de sua obra. Primeiramente, aconteceu o encontro com a psicanálise, depois com o surrealismo de André Breton e por último com o filosofo Lev Shestov.

Esses três encontros levam Bataille a um questionamento da natureza do excesso, que para ele é constitutivo, não apenas da natureza humana, mas também carrega uma dimensão cósmica e social.

Atualmente, diversas edições e traduções de livros dele no Brasil, vem recebendo atenção do mercado editorial e do meio acadêmico. O professor Ruy Luduvice, recomenda a leitura da edição de História do olho, traduzido pela Eliane Robert Moraes, o Erotismo, a Parte Maldita e a Literatura e o Mal, com tradução de Fernando Scheibe e o recém-ensaio traduzido pela Célia Euvaldo, chamado Manet.

Confira o vídeo completo para saber mais sobre Georges Bataille!

Sobre Ruy Luduvice

Ruy Luduvice (São Paulo, SP, 1985) é pesquisador, crítico de arte, professor e curador. Foi pesquisador (2013 – 2015) e coordenador de acervo e pesquisa (2016 – 2021) da Associação Cultural Videobrasil, instituição que abriga o maior acervo de videoarte da América Latina, participando da criação das 18ª, 19ª, 20ª e 21ª Bienais Internacionais Sesc_Videobrasil. Foi curador da exposição Ensaio para uma cidadania mundana: vídeos de Renan Marcondes, na Casa de Cultura do Parque, (São Paulo, 2021). É doutorando em Filosofia pela USP. Foi arte-educador no MAM/SP, Pinacoteca do Estado de São Paulo e Museu de Arte Sacra de São Paulo, entre outras instituições, trabalhando sobretudo com alunos da rede pública de ensino municipal e estadual.

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