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Sonâmbula

A exposição Sonâmbula ocupa o Gabinete da Casa de Cultura do Parque e revela a poética singular de Flora Leite através de obras que exploram os limites entre matéria, objeto e a intangibilidade.

Com trabalhos que capturam a atenção para o que é aparentemente invisível e efêmero, a individual de Flora Leite inclui obras como Chaminé, uma torre de cigarros Marlboro empilhados, e Celeste, um aparelho óptico que projeta a luz atmosférica no chão. Em Alguma coisa, coisa nenhuma, a artista transforma a poeira recolhida em uma galáxia no piso da Casa, invertendo a célebre frase “Somos todos poeira de estrelas”. A mostra também inclui Núcleo, magma, crosta, onde um pedaço de pão percorre o elevador da casa, em um movimento que reflete a combinação de repouso e deslocamento. 

A poeta Julia de Souza, em seu texto crítico que acompanha a mostra, observa que as obras de Flora Leite transitam entre o concreto e o abstrato, provocando reflexões sobre a natureza das coisas e a linguagem. Ela escreve: 

“O sentido das coisas nunca é estanque — e tampouco são estanques as próprias coisas”. 

Sonâmbula é um convite à imersão no universo poético de Flora Leite, e que desafía o espectador a olhar para o cotidiano com novos olhos, a perceber a beleza e a poesia nos detalhes mais sutis e a refletir sobre as fronteiras entre o tangível e o intangível.

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